Hoje trago ao blog um conto, no qual eu escrevi, espero que os amigos gostem e se tiverem alguma critica construtivas, pois este é meu primeiro conto.
O BUSCADOR
Quem diria que para se lembrar de
quem eu sou ou melhor de quem eu era, eu teria que vir aqui diante de meu
tumulo refletir e buscar na memória algo que já passou a séculos. Mas não
importa o que eu faça, não consigo ir muito mais alem nas lembranças do que
aquele ano que mudará minha vida.
Lembro-me que o ano do ocorrido
tenha sido o de 2013, morava com meus país e meu irmão mais novo, o nome dele
era Leandro ou Leonardo algo assim, já o de meus pais não consigo recordar.
Dormia no mesmo quarto que meu irmãozinho, o ano estava sendo o comum para um
adolescente comum, tirando o fato que em minha roda de amigos eu era o único
cético que realmente não tinha fé alguma, até que a primeira noite de agosto
chegou.
O relógio marcava 23:58 de quarta-feira
dia 31 de julho de 2013, quando eu já deitado em minha cama, tentando pegar no
sono começo escutar os sons de cascos de cavalos batendo contra o asfalto vindo
de longe, a cada volta que ponteiro que marcava os segundo completava, o
barulho do casco aumentava e aquilo estava ficando agonizante, eis que olho ao
relógio, estava prestes a dar 00:00 faltava 30 segundos, quando escuto que o
cavalo havia parado, ao lado de minha janela, olhei para meu irmão e ele dormia
como se nada estive acontecendo, á 15 segundos da meia noite alguém desce do cavalo,
e quando deu 00:00 trinco da porta
girou, então ela se abriu, e ali ficou parado na porta me fintando um homem
alto e branco tinha um cavanhaque que pela luz da lua que entrava pela janela
parecia ser ruivo, ele traja uma capa negra emborrachada, suada como se tivesse
caído uma leve garoa durante sua cavalgada.
Ele então se apresentou como sendo
um Buscador, disse que vinha de muito longe e portava uma oferta do próprio Satanás,
dizia que poderias me dar o que eu quisesse, aos maiores tesouros, há mais
belas das mulheres, só tinha que aceitar o presente que ele trazia, e tudo o
que eu desejara eu teria, o presente era uma moeda de ouro, na qual eu deveria
guarda-la em minha carteira e nunca contar sobre tal visita e presente para ninguém,
ao acertar eu estaria jurando lealdade ao senhor deste mundo. Eu lembrei de todos os ensinamentos cristãos
que meus pais haviam me transmitido no qual eu recusa firmemente, mas agora ali
parado em minha frente um, enviado de Satanás, pensei comigo mesmo, se Satanás
existe Deus também existe, não posso vender a minha alma se existe céu e
inferno, então digo ao buscador, recuso teu presente e tudo que venha de seu
mestre, se servirei alguém que seja a Deus. Ele então disse voltarei e portarei
a mesma oferta, um conselho que lhe dou é que aceite, peguei-me a dormir e
quando acordei o dia transcorreu e eu não lembrará da visita a noite anterior,
mas 23:58 os casco se iniciaram e eu lembrei do Buscador... E da mesma forma,
por seis noites seguidas a história se repetiu. Na sétima noite, o Buscador
antes de ir embora mudou sua frase final,
eu lhe aconselhei por seis noites para que aceitasse de bom grado, mas agora
meu senhor retira a oferta e de nada neste mundo você terá, tudo que podermos retirar
de você, serás tirado.
Então veio a oitava noite e com
ela os sons de cascos, mas desta vez era diferente, não parou a 30 segundos da
meia noite, passou se a virada do tempo e o cascos continuava, o cavalo
relinchava, os cães ladravam e o quarto se tornará sufocante, era quase 03:00
quando tomo coragem, levanto e vou a janela e digo, por que não entra? E os
sons de casco cessaram, um silêncio tomou conta da vida, quebrantado um minuto
depois, pela voz do Buscador, sua tortura será até que tome para si o desejo de
não viver mais, buscará pela morte e não a encontrará, pois a nosso serviço ela
também está, será o momento que você perceberá que a tua única escolha será ao
mestre se entregar, então o galo cantou era 3:00 horas da manhã, foi como se
abrisse a janela e o ar fresco entrasse e junto a paz veio, finalmente pude
dormir e o dia passou com uma angustia no peito, mas sem saber por que, até que
novamente são 23:58 e tudo se repete por mais seis noites. E na sétima ele
retornou, e como na sua primeira visita a 00:00 em ponto ele abre a porta, e
logo começou a falar, sua perseverança é rara de se ver neste mundo, me digas
como alguém cético, que jurava não ter fé alguma em seu intimo, aguenta tão
firmemente a tortura de ser assombrado por um demônio... Ele se revelara com um
demônio... Respondi não sei como, Talvez esta seja a minha força não acreditar
em vocês... Vi em seu semblante a face da morte, seus olhos pareciam soltar
faíscas, sua voz mudará para um tom mais arrepiante que fazia-me todos os pelos
do meu corpo se arrepiar... Verei quantos dias a mais tu aguentará, e assim ele
se foi.
Desta vez o sol ressurgiu e eu me
lembrará de todos os quatorzes dias, estava claramente com medo, num misto de
sentimento, parecia-me estar a beira da loucura, sendo que eu um cético de nada
acreditava, agora fora visitada 14 vezes por um demônio. Então o dia se findou
e eu vi o sol se despedir, já sabia que com a noite ele voltaria e algo me
dizia que eu não resistiria mais a tortura psicológica... Chegou 00:00 a porta
se abriu e então ele logo foi dizendo, olhe para seu irmão, quando olhei para
ele vi o buscador parado do lado dele com uma faca me olhava e sorria, eu sabia
o que ele iria fazer, então ele começou a passar a faca sobre o peito do meu
irmão e um grito veio, ele acabará de fazer um corte o sangue escorria pela
cama, eu não podia me mexer e os gritos aumentavam, assim com a velocidade que ele deferia cada facada, eu tremia em ver a
cena de meu irmão ser feito em pequenas fatias, ele então pegou e retirou o
globo ocular azul de meu irmãozinho e caminho em minha direção e colocou em
minha boca e fez com que eu mastigasse, estava devorando meu próprio irmão,
aquele quem eu sempre defendia agora servia de meu alimento. o Buscador se
encaminhou a porta e foi dizendo, seu irmão ainda pode ser salvo basta aceitar
a Lúcifer... Olhei para cama de meu pequeno irmão ele fora esquartejado e ainda
sentia o gosto do olho de meu irmão, aquilo era demais para mim, meus olhos escorriam
lagrimas, a dor, a raiva, o medo, a vontade era de morrer junto com ele, me
dirigi a cama peguei a faca e cravei em meu coração, a dor foi agonizante senti
cada milímetro da faca adentrar, mas continuava vivo, não importava quantas
vezes me esfaqueava a dor eu sentia, mas nem sangue escorria.
O buscador falou, sua voz era
como trovão me fazia tremer mas o ódio era tanto que continuei ali, o fintando
diretamente nos olhos enquanto ele falava... Como disse, a morte esta a nosso
serviço e ela não tem autorização de leva-lo, porem podemos fazer uma troca,
trago ele de volta se a sua alma você
nos der... não cheguei a nem pensar minha resposta foi somente um grito que
soou como SIM... ele Então retrucou então esta feito... Tudo estava normal em
meu quarto, meu irmãozinho dormia como anjo, corri até sua cama o acordei e o
abracei, para ter a certeza que vivo estava, neste abraço senti meu peito sendo
esmagado, era um infarto que eu estava tendo, nos braços de meu irmão via a
vida sendo levada, quando dei por mim olhava o meu irmão gritando e chamando
por ajuda, meus pais atravessaram por mim, dei por mim agora eu era um espírito
vendo o sofrimento de minha família a perder um filho e um irmão, olhei para o
lado e ele ali estava o Buscador ali parado, com um sorriso malicioso ele só
disse, mais um buscador e sumiu.
Agora eu era um Buscador, meu
destino era vagar pelo mundo recrutando almas, nas noites que tentei dormir o próprio
diabo falava em minha mente, me chamando, me convocando para satisfazer sua necessidade,
falando sobre um exercito, sobre um levantar das almas...
Hoje não me lembro meu nome,
minha lapide, só conta minha foto, venho aqui para me lembrar que já fui humano
e assim quem sabe não me tornarei o buscador que veio a mim a três séculos
atrás. Me tornei o que pode se chamar um vampiro, só vago pelo mundo durante a
noite e ao dia descanso minha alma, só neste horário que as vozes e os chamados
diminuem, e para que eu não pereça vago pelas noites me alimentando das pobres
almas e as transformando em buscadores assim como eu... Quem sabe eu não venha
te buscar esta noite?
Alisson de Mello Schneider 22/05/2014
0 #type=(blogger) :
Postar um comentário